Mega operação prende dezenas de pedófilos
‘Era querido’ diz delegado sobre professor preso por pedofilia em SP
Diretor de departamento de elite da Polícia Civil diz que
pais de escola tradicional de SP se surpreenderam com gravações de vídeos de
alunas
O diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais
Estratégicas) da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, revelou
que pais de alunas do St. Nicholas School, um colégio tradicional localizado em
Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, se surpreenderam com a prisão em
flagrante por suspeita de pedofilia de um professor de história, de 54 anos, durante
a Operação Luz da Infância, deflagrada nesta terça-feira (18).
“Ninguém suspeitava dele. Era um cara querido. Foi uma
surpresa para os pais”, complementou o delegado sobre o professor, que já
era monitorado pelas autoridades policiais por suspeita de produzir e armazenar
vídeos de meninas com idades entre 10 e 13 anos.
De acordo com as investigações, as gravações eram feitas
durante aulas de teatro que o educador ministrava na escola onde trabalhava
havia 20 anos e possuía dois filhos, gêmeos de 13 anos, como alunos.
Câmeras escondidas
Para esconder as câmeras com as quais captava imagens de
partes íntimas das meninas, por debaixo das saias das estudantes, o professor
colocava os equipamentos de gravação em embalagens de remédios.
“Ele utilizava as caixas de medicamentos com as câmeras
dentro de forma dissimulada, as colocava debaixo das carteiras ou no chão, para
que pegasse a genitália delas”, contou a delegada Ivalda Oliveira Aleixo,
chefe da Divisão de Capturas, que participou da operação de prisão do suspeito.
A polícia solicitou ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São
Paulo) a prisão preventiva do educador, que irá responder a um inquérito por
armazenamento e produção de vídeos, crimes que podem gerar até oito anos de
reclusão. No entanto, não ficou configurado o crime de assédio sexual. Também
foi estipulada uma fiança de R$ 30 mil.
Os policiais acreditam que o professor realizava as
gravações há cerca de três anos, mas foram encontrados arquivos datados de 2009
no computador apreendido durante a operação. “Ele colocava nomes nos
vídeos: ‘as minhas favoritas'”, destacou a delegada.
|