Atualizado: 05-12-2023 | Tempo de leitura: 2 minutos

Governo anuncia fechamento de colégios do ensino fundamental na BA; alunos serão transferidos

Centro Estadual de Educação Magalhães Neto (Cea), em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia
A Secretaria da Educação da Bahia anunciou o fechamento de algumas escolas estaduais do ensino fundamental. Além de Salvador, Feira de Santana, que fica a cerca de 100 km da capital, e Itabuna, no sul do estado, entre outras cidades, terão unidades afetadas. Os estudantes serão transferidos.
Ainda não há o número exato de quantas escolas serão fechadas. Algumas delas passarão a ser responsabilidade das prefeituras, como prevê as Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Segundo a Secretaria da Educação, as mudanças fazem parte de um reordenamento da rede.
"O reordenamento da rede escolar inclui a desobrigação do sistema estadual com prédios inadequados, mesmo que alugados, e a realocação dos estudantes para nossos prédios próprios", falou o subsecretário da Educação Nildon Pitombo.
Contudo, os alunos das unidades que já foram comunicadas estão preocupados. Entre eles, está o estudante Almir Gonçalves, que é cego e estuda no Centro Estadual de Educação Magalhães Neto (Cea), na capital baiana.
"Estudando aqui, a gente já sabe de manhã pra onde vem, já sabemos o professor que nós temos, ele já conhece a gente, as nossas dificuldades", contou Almir.
Além dele, dona Esterlícia Pinto também teme a mudança. "Depois de 55 anos sem estudar, senti a necessidade de me atualizar no mundo moderno e resolvi estudar. Cheguei aqui, fui muito bem recebida. Os professores são extraordinários no metódo de ensino, e eu me adaptei rapidamente. Para mim, seria muito difícil uma readaptação", disse dona Esterlícia.
O fechamento do Cea foi comunicado no dia 13 de novembro. Segundo a Secretaria da Educação, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) disse que o local é inadequado para uma escola. Contudo, a coordenadora da unidade, Lúcia Campos, discorda.
"Não tem problema na escola. A gente sempre está nos reunindo e indo, indo. Mesmo sem muitos recursos, a gente tenta levar ela à frente", falou.

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Jorge Calmon Acesso

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